Thursday 28 May 2009

Seguindo o tema, mas mudando de assunto: Música


(vi vários clipes da mesma pessoa, mas esse, o primeiro, achei o melhor. Combinou de uma forma incrível o clima mágico da música, com o som dos copos. Os sons parecem sair de lugar nenhum, se unindo no ar.) 

Entra na mesma categoria dos anteriores, mas que decidi não ser da minha alçada (alguém vai ficar bravo lendo isso). Prefiro ouvir, observar, mas desisti de tentar reproduzir. E agora que parei pra pensar, acho que tive um motivo pra abrir mão disso. Música acaba tendo o efeito oposto que fotografia e escrita tem. Ela mais evoca sentimentos do que me mobiliza a colocá-los para fora. Se eu ouço uma música que gosto, muitas vezes fico quieta, encolhida, pareço triste até. Mas quando percebo a mente foi embora, lembrando, vivenciando. E eu tenho uma dificuldade imensa em por qualquer coisa pra fora quando me encontro nesse estado. 


Honestamente, agora que parei pra pensar, essa parece ser a única coisa que faz sentido quando penso por que de repente me desanimei tanto com a dança. Eu me apaixonei por dançar quando ela me ensinou a viver o que eu sentia de outra forma. E isso nunca deveria ter se tornado algo público. É algo que eu só sei fazer quieta no meu canto, sem ninguém pra pertubar. Sem nenhuma preocupação se vai agradar ou não. 

Claro que aprendi muita coisa quando investi nisso profissionalmente, e não me arrependo das experiências que tive dando aula e as pessoas que conheci através delas. Mas eu nunca aprendi a separar o meu momento do que era para os outros, e até hoje estou pagando um preço que considero bastante alto por isso. Eu sinto falta do que a dança me dava. Ainda tenho esperança de um dia achar meu caminho de volta pra ela.

Wednesday 27 May 2009

De volta...

Após um longo período, quero tentar usufruir do propósito desse blog: aprender a escrever. Ou seja, aprender a pegar todos os pensamentos e sentimentos que se confudem na minha cabeça, e colocá-los pra fora, de uma forma que possa fazer sentido para outras pessoas. 
Ainda não sei muito bem como fazer isso. Não estou satisfeita com a apresentação do blog, mas ainda não sei o que quero mudar. Também não decidi se prefiro escrever em inglês ou português, o que só vai confundir o leitor (se algum dia algum aparecer).
De qualquer forma, o exercício se impõe. Todo dia sinto vontade de escrever, e estou cansada de não conseguir dar vazão a isso. E sei que o que falar não falta. Pode até não ser interessante pra mais ninguém, mas é inegável que eu tenho material. 
Eu sinto esse impulso há anos. E acredito que estou encontrando o que tem me bloqueado. Por um lado, o eterno medo do que os outros vão pensar. Mas eu não quero mais me importar com isso. Estou bem cansada do mal que isso me faz. Por outro lado, não me importar com quem vai ler também torna tudo que escrevo pouco catártico. Até hoje, sempre escrevo quando não aguento mais segurar algo dentro de mim, e sempre é em tom de desabafo. E fica confuso, pesado, e depois nem eu mesma tolero reler o que escrevi. De certa forma, isso me mostra que minha escrita não está me ajudando a elaborar o que sinto, só despejar pra fora, vomitar o que está machucando. E acho que esse sim será meu exercício. Transformar a confusão, os sentimentos, os pensamentos soltos em idéias claras. E quem sabe um dia isso servirá para alguém, ajudará em alguma coisa. 
Esses são os dois focos que quero ter. Primeiro, me ajudar, diminuir a bagunça, tornar as personalidades que discutem na minha cabeça boas amigas. Segundo, tornar tudo que sinto (que nem sempre é bom) em utilidade. É possível que eu não seja a única pessoa que se sente assim, e alguém por aí pode se sentir menos sozinho, mais compreendido, ao ler o que escrevo.