Pendurei este mural ontem, sem saber ainda o que quero colocar nele. Enquanto olhava para ele antes de dormir, já que ficou logo em frente à minha cama, me dei conta de que ele está bem representativo de como estou me sentindo.
Hoje percebo que a maior parte das escolhas que fiz no passado foram direcionados por uma busca para diminuir a minha dor. E hoje penso, se quando conseguir ficar melhor, se ainda vou ter os mesmos interesses. Talvez descubra que nunca gostei de psicologia, que dança não tem nada a ver comigo, entre outras coisas. E isso me dá uma enorme sensação de vazio, de com o que vou preencher minha vida.
Ao mesmo tempo, o mural está vazio. Não tem regras, limites de coisas que podem ser colocadas nele, limites quanto à variedade, eu posso preencher como eu quiser, no tempo que eu quiser. E sabe, nesses horas tenho muita esperança do que vem pela frente.
Ah, e pra quem está curioso, o único desenho foi minha tentativa de fazer uma flor de lótus, que aprendi nas aulas de desenho geométrico de duzentos anos atrás. Querer fazer essa flor foi resultado de um sentimento/insight que tive esses dias. E pesquisando achei algo bem interessante em um site que agora não consegui achar de novo:
"A flor de lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo suas flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriramApesar de suas raízes estarem na profundidade sombria desse mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz."Gostei das semelhanças com certas coisas que tenho pensado, discutido. Às vezes sinto que é inevitável pensar no 'nada é por acaso'.Ah, o link para imagem da flor é esse aqui (obviamente não a que eu desenhei, essa só o M. vê, e isso porque eu não tenho opção).https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEje3cxVtAacR3-7sFUZvZplp0cY-SFrRq4KuQqyxK6yWpw24cUzjknpbgx4bRwBMCGYYK2CbcYY5APXagpQpDzc8WoMbWMV7f7n8Rg3W9X_JqVclG7QKhZ4rekfVVfYiJb2tMpjqadsLSM/s400/flor_de_lotus_imagelarge.jpg