(vi vários clipes da mesma pessoa, mas esse, o primeiro, achei o melhor. Combinou de uma forma incrível o clima mágico da música, com o som dos copos. Os sons parecem sair de lugar nenhum, se unindo no ar.)
Entra na mesma categoria dos anteriores, mas que decidi não ser da minha alçada (alguém vai ficar bravo lendo isso). Prefiro ouvir, observar, mas desisti de tentar reproduzir. E agora que parei pra pensar, acho que tive um motivo pra abrir mão disso. Música acaba tendo o efeito oposto que fotografia e escrita tem. Ela mais evoca sentimentos do que me mobiliza a colocá-los para fora. Se eu ouço uma música que gosto, muitas vezes fico quieta, encolhida, pareço triste até. Mas quando percebo a mente foi embora, lembrando, vivenciando. E eu tenho uma dificuldade imensa em por qualquer coisa pra fora quando me encontro nesse estado.
Honestamente, agora que parei pra pensar, essa parece ser a única coisa que faz sentido quando penso por que de repente me desanimei tanto com a dança. Eu me apaixonei por dançar quando ela me ensinou a viver o que eu sentia de outra forma. E isso nunca deveria ter se tornado algo público. É algo que eu só sei fazer quieta no meu canto, sem ninguém pra pertubar. Sem nenhuma preocupação se vai agradar ou não.
Claro que aprendi muita coisa quando investi nisso profissionalmente, e não me arrependo das experiências que tive dando aula e as pessoas que conheci através delas. Mas eu nunca aprendi a separar o meu momento do que era para os outros, e até hoje estou pagando um preço que considero bastante alto por isso. Eu sinto falta do que a dança me dava. Ainda tenho esperança de um dia achar meu caminho de volta pra ela.
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