Wednesday 26 August 2009

Poema #7

Estou me sentindo o Álvares de Azevedo da nossa geração. Só espero não morrer de tuberculose. Se bem que é melhor que gripe suína (odeio modinhas).
Ah, e pra quem não aprecia humor negro, get used to it.
E juro que isso não é uma carta de despedida, é só um desabafo. Que ajudou a aliviar um pouco da angústia, por sinal.
Gemidos ecoam no quarto vazio
A mão da angústia comprime meu coração, o sufoca
Tento conter os tremores, mas a dor quer sair por algum lugar
Sinto que não tenho mais forças para suportá-la
Ela toma conta, e nada resta
Só o desespero, que parece não ter fim
As pílulas parecem não fazer efeito
A angústia tomou conta de mim
Sou uma com ela, e nada pode nos separar

2 comments:

voyager said...

Menos mal perceber que no poço da angústia ainda há espaço para humor (ainda que negro, como seria de esperar no fundo do poço!

Isabel said...

Tudo isso para dizer o quanto acho importante a busca pela expressão, ou, talvez, melhor dito na bela palavra escolhida por Manuel Bandeira: "desentranhar".
Um beijo,
Isabel
PS - tomara que essas palavras também possam ecoar ou encontrar ressonâncias em você.