Ainda assim, o risco do conflito existe. Esse medo é o mais difícil de superar. Mas aqui eu entro num conflito. Tenho planos de escrever no futuro. Pra publicar mesmo, e deixar estranhos (=0) lerem o que tenho a dizer. E aí será inevitável encontrar pessoas que discordam de mim, receber críticas, receber ovadas na rua, e outras coisas que minha mente paranóica cria. Mas há muita coisa que penso que podem ajudar outras pessoas, que podem mudar como outras pessoas pensam. E isso não pode ficar guardado. Portanto, medo do conflito deve ser superado.
Recebi comentários no meu último post que nem chegam muito a ser pessoas discordando de mim, muito menos conflito, mas simplesmente comentários que não tinha a ver com o meu objetivo com o post. Obviamente, porque fui evasiva de novo, ninguém sabe qual era meu objetivo com o post, então cada um interpreta o que bem entender e comenta em cima disso. E . que todos perdemos com isso, pois talvez pudesse se tirar algo produtivo de uma discussão saudável.
Meu ponto, dado o título, era como a vida é imprevisível. Não importa o quanto se planeja, algo pode jogar tudo para os ares. E na minha opinião, há situações em que isso é reversível (e foi o que consegui naquele dia e como encerrei o post), mas há situações em que absolutamente não há o que fazer. Não há oportunidade, lição a ser aprendida, nem treino ou preparação que te proteja. E acho que achar que isso é possível em qualquer situação é negação pura.
Exemplo: uma criança que apanha dos pais. O que possivelmente ela pode tirar de positivo dessa situação? E o que possivelmente ela pode fazer para aprender e evitar que isso aconteça no futuro? Nada. O máximo que ela pode fazer é por exemplo perceber que chorar faz com que os pais batam mais então ela aprende a segurar o choro. Pronto, acabou aí. Ela não vai parar de apanhar até que alguém faça alguma coisa ou o tempo passe e ela seja grande o suficiente pra se defender. E honestamente, não acho que ela vai achar que isso a ensinou a ter paciência.
Algumas coisas só machucam e pronto. Eu não escolhi ficar doente, nem escolhi me tratar. Isso é quem eu sou, e não consigo ser diferente. Eu simplesmente não desisto até conseguir algo que quero. Mesmo depois de 5 terapias falidas, duas tentativas de medicamento (uma com quase acompanhamento adequado) e muita, muita dor, eu continuei tentando. Porque pra mim meu Graal é a minha cura.
Parece que estou no caminho certo agora (nunca se tem certeza, nunca), mas não estou nele porque escolhi. Eu só estava fugindo da dor. É o que qualquer um faria, só que cada um faz do seu jeito, como pode, com os recursos que possui. Quero escrever sobre o que estou passando, não porque escolhi ver no que vivi a oportunidade de ajudar outras pessoas, mas porque não conseguiria fazer diferente. A experiência pede pra ser colocada pra fora e eu só obedeço. Eu não sei se isso tudo vai algum dia ajudar alguém ou não. Eu espero que sim. Seria bom saber que não passei por tudo isso de graça, que algo bom saiu disso. Mas por enquanto é o que é: uma moça doente fazendo o melhor que ela pode. Como sempre fez.
PS: Não sei se consegui ser mais clara. Acho que ainda não o suficiente. Mas por isso continuo escrevendo, para que cada vez minhas ideias possam ser passadas com mais clareza, e meu ponto possa atingir mais pessoas.
1 comment:
Olá, jovem
Interessante seu comentário sobre conflito. Embora a palavra esteja frenquentemente associada a profunda falta de entendimento, choque, enfrentamento, altercação e mesmo guerra, em essência refere-se a qualquer situação em que nossos desejos, interesses ou necessidades diferem dos de outra(s) pessoa(s). Ou seja, algo que acontece o tempo todo. Conflitos (nesse sentido) são absolutamente inevitáveis. Mais que isso, são absolutamente necessários. Como poderíamos evoluir como espécie sem o confronto de idéias. Essa "divergência" de opiniões, quando bem trabalhada, nos permite desenvolver habilidades de negociação, perceber complementataridades de pontos de vista e, principalmente, aprender a compreender e a respeitar a fantástica diversidade existente no espírito humano. E aqui chegamos à sua intenção de "por para fora" suas idéias e o que você sente. Excelente! Você certamente não vai agradar ou convencer a todos (o que é absolutamente normal e esperado), mas, com a força da sua expontaneidade e autenticidade irá tocar as almas de muitos, mesmo dos que não concordem com você. Se suas ideias irão ou não ajudá-los será escolha deles. Eles terão que resolver seus próprios conflitos. Importante: Jamais se sinta inibida, ao expor suas ideias, pelo julgamento que os outros podem fazer. Seja autêntica. Vá em frente!
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